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março 04, 2010

Como o pai se comporta no segundo trimestre



Achei super interessante essa reportagem e resolvi postar aki:
Para elas, essa é a fase mais gostosa: acabaram os enjôos, a energia volta quase ao normal, a barriga já aparece, mas ainda não pesa. Para eles, é quando a gravidez se torna real. A emoção do primeiro ultra-som pode trazer junto uma profunda angústia. E, num primeiro momento, isso pode ser traduzido em uma necessidade urgente de planejar o futuro. As preocupações financeiras são freqüentes: procurar o segundo emprego, uma casa maior, um carro mais espaçoso. Querem saber onde o bebê vai ficar, como será sua educação. Questões que só poderão ser resolvidas no futuro, mas rondam a cabeça do homem desde já.
É nessa fase que alguns também ficam com ciúme da mulher, já que a atenção, até a da mãe dele, é toda para a grávida. O parceiro pode, então, boicotar o processo, fazendo a mulher trabalhar demais. O psiquiatra Luiz Cuschnir explica que o ciúme ocorre porque o homem não tem o bebê dentro dele. A solução é compensar de alguma forma. 'Alguns procuram o contato físico com a mãe, mexem na barriga, escutam as batidas do coração do filho', diz Cuschnir. Outros se aventuram nas compras. 'Quis logo me relacionar com o meu filho. Por isso, sempre conversei com ele. Li que o timbre da voz masculina acalma o bebê. E fiz questão de comprar o primeiro presente, que tinha muito de ver comigo: um mordedor azul', conta o dentista Luís Carlos Martinho Lucas. Para alguns, a relação com o filho só vai começar na hora do nascimento ou até mais tarde. 'Cada um tem uma velocidade e não se deve desmerecer um homem só porque ele levou mais tempo para se sentir pai. Ele não será melhor ou pior', alerta a enfermeira obstétrica Dóris Ammann Saad.
Nesse período, o homem mantém mais contato com um novo personagem: o obstetra. Para alguns o médico provoca ciúme, para outros se torna um parceiro. Nas consultas, os pais têm todas as informações sobre as transformações que a companheira está passando. Quando estabelecem uma relação de cumplicidade com o obstetra, contam tudo que a mulher faz, querem saber quanto deve engordar, qual o melhor creme anti-estrias, tomam uma postura administrativa da história. Humberto, por exemplo, telefonou para o obstetra da mulher. Queria saber se podia colocar um fone de ouvido na barriga da esposa para que a filha ouvisse músicas infantis.
As preocupações em preservar o corpo da mulher têm por trás um interesse próprio: as expectativas sobre a vida sexual. A pergunta é simples: aquela mulher com quem eu casei vai reaparecer depois que o bebê nascer? Alguns ficam animadíssimos com as novas formas e acreditam que hoje em dia ninguém se transforma em matrona. 'Acho minha mulher linda grávida. Mas não me preocupo com o que vai acontecer depois, como ficará nossa vida sexual. Não casei com o corpo dela e, sim, com um todo', diz o dentista Luís. Nem sempre é assim. 'Certos homens ficam mais ligados às mudanças físicas da mulher, têm medo de ela se descuidar e isso acarretar em uma diminuição da libido', explica Cuschnir. Há até quem não consegue ter relações com uma grávida. Falar sobre o que está sentindo, com delicadeza, é o melhor. Do contrário, ressentimentos podem desgastar a relação por muitos anos.

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